O pacote de benefícios oferecidos pelas empresas aos seus contratados continua sendo um dos itens mais importantes não só para atrair, mas também para reter os profissionais. Ao menos é isto o que aponta uma recente pesquisa da Mercer São Paulo.

De acordo com o levantamento “Práticas de Remuneração Total”, a maioria das empresas tem procurado entender melhor as necessidades de sua equipe para adequar os benefícios ofertados aos trabalhadores.

Práticas mais recentes

Entre as práticas mais recentes, figuram atualmente o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, a licença-maternidade de seis meses e a flexibilidade de horário.

Destacam-se ainda no universo corporativo outras atitudes como a liberação do trabalho home-office e o short-friday (meio período de trabalho às sextas-feiras). Os benefícios para a saúde do trabalhador, entretanto, ficam a cargo dos descontos e parcerias firmados com academias, massagistas e nutricionistas, também apontados pela pesquisa.

Em números

O levantamento mostra ainda que, quanto mais alto o cargo, menores são os benefícios, mas maiores são os incentivos de longo prazo. Para se ter uma ideia, em números, a composição da remuneração total seria de 48% pagos em salário-base para cargos operacionais, 61% para gerentes e 45% para presidentes. Os incentivos, no entanto, seguem a mesma proporção, sendo menores para os cargos de média gerência, ocupando 1%, e maiores para os diretores e presidentes, com 7% e 13%, respectivamente. Apenas os benefícios se destacam em ordem inversa, ou seja, com maiores percentuais pagos aos trabalhadores de cargos de base e menores aos profissionais de cargos superiores. Na avaliação, por exemplo, ficou comprovado que os cargos operacionais recebem em média 45% de sua renda em benefícios, enquanto que os gerentes e presidentes costumam receber um percentual de 24% e 14%, respectivamente.

Quantificação

Na análise detalhada dos benefícios oferecidos aos cargos de base, destacam-se a assistência médica, com 51% das menções, o tíquete restaurante (26%), a assistência odontológica (9%), a previdência privada (6%) e o seguro de vida (1%). Tais dados, no entanto, diferem muito dos normalmente oferecidos aos cargos mais altos de uma empresa. Para se ter uma ideia, o presidente de uma organização costuma receber, em média, 49% de benefícios voltados para o uso de automóvel, enquanto que 27% são destinados ao pagamento de previdência privada. Os demais valores se dividem em: 12% para assistência médica, 3% para refeição e seguro de vida e 2% para planos de assistência odontológica.

Tratamento para executivos

Entre as curiosidades da pesquisa, o tratamento dos executivos pelas empresas brasileiras chama a atenção. Ao que consta, entre as empresas consultadas, 57 afirmaram disponibilizar um motorista particular para o presidente, 16 concedem clube e 30 trocam o veículo anualmente. Na avaliação foi observado ainda que, entre as entrevistadas, o valor médio do tíquete restaurante ficou em R$ 18,35. Os valores mínimos e máximos, entretanto, ficaram registrados em R$ 7,50 e R$ 36,82, respectivamente. Fonte: Infomoney