Superintendência de Seguros Privados (Susep) estima, junto com o Ministério da Fazenda, que há mais de 300 empresas que atuam de forma irregular no Brasil, tanto grandes companhias estrangeiras como pequenas co- operativas e associações.

O superintendente da Susep, Luciano Portal Santanna, explica que o número de atuações irregulares é alto. “Temos no âmbito da Susep mais de 100 empresas que atuam de forma irregular. Mas esse número pode ser significativamente superior, uma vez que a cada dia surgem novas empresas que atuam irregularmente, o que me leva a estimar que este número pode chegar a cerca de 300 empresas.” Portal acrescenta que a atuação ocorre, principalmente, na Baixada Fluminense, na Bahia, em Belo Horizonte e no Espírito Santo.

O presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros (Sincor-SP), Mário Sérgio de Almeida Santos, indica que há dois tipos de irregularidade no Brasil. “99% das seguradoras irregulares são consórcios, cooperativas e associações que oferecem apólices veiculares de táxis, automóveis e caminhões. Do outro lado, estão duas empresas estrangeiras já identificadas pela Susep, e há mais três que estão em  processo.”

Sobre o primeiro caso, Santos explica que são pequenas entidades de classe, taxistas ou caminhoneiros, que oferecem apólices a preços inferiores ao mercado. Elas geralmente não têm fiscalização ou garantia, e frequentemente apresentam problemas de solvência, ou seja, não têm recursos para pagar sinistros.

No caso das estrangeiras, o problema maior é a lavagem de dinheiro e a evasão de divisas. “O corretor se encanta pelo preço e começa a oferecer, mas não cumpre as leis brasileiras. Mas o problema é que os recursos são de fonte ilegal”, afirma Santos.

Fonte Segs.com.br